Geoglifos de Acre, Brasil

Aquiry: Uma civilização amazônica antiga e sua descoberta inesperada

A descoberta da civilização Aquiry, no coração da floresta amazônica revolucionou nossa compreensão desta região. Mais de 2.600 anos de história revelados no Acre, Brasil, mostram que a Amazônia não era uma terra intocada, mas sim o lar de uma civilização que transformou a paisagem sem destruir o meio ambiente.

Na terça-feira, 11 de fevereiro, o arqueólogo Martti Pärssinen e a antropóloga Laura Pérez Gil abordam os fascinantes achados dessa cultura em um evento organizado pela Casa América e pelo Instituto Iberoamericano da Finlândia.

Data e hora
📅 Terça-feira, 11 de fevereiro de 2024.
⌚ 18h30.
📍 Sala Simón Bolívar.
▶ Entrada gratuita até que a capacidade total seja atingida.

RESUMO
No coração do Brasil, na região do Acre, novas pesquisas mostram fascinantes descobertas sobre os primeiros vestígios humanos na Amazônia acreana de mais de 10.000 anos atrás. O doutor Martti Pärssinen lidera pesquisas na região há vinte anos, e sua equipe permitiu a descoberta de uma antiga civilização amazônica, recentemente denominada cultura Aquiry, que habitou a região há mais de 2.600 anos, entre 700 a.C. e 900 d.C.

A pesquisa brasileiro-finlandesa revelou centenas de centros cerimoniais com construções geométricas, conhecidas como geoglifos amazônicos, além de sistemas de estradas. Essas descobertas são evidências de uma cultura altamente desenvolvida e avanços tecnológicos, contrariando as suposições anteriores de que a Amazônia seja uma terra intocada e livre de influência humana.

A descoberta dessa antiga civilização no coração da Amazônia mudou radicalmente a percepção sobre a maior floresta tropical do mundo. Não era intocada: ali viviam vários milhões de habitantes que domesticavam e modificavam a biodiversidade da selva e a paisagem, mas sem causar danos graves ao meio ambiente.

Atualmente, a floresta amazônica está em grande perigo. Os incêndios e a derrubada de árvores avançam em ritmo alarmante, e as máquinas pesadas usadas no cultivo de soja, milho e cana-de-açúcar estão destruindo o patrimônio mundial e os locais sagrados dos povos indígenas. O desmatamento da Amazônia ameaça a pesquisa aprofundada desses vestígios históricos, sem falar no risco aos sumidouros de carbono e ao clima do planeta.

Participantes:
Martti Pärssinen, professor emérito da Universidade de Helsinque e pesquisador do Instituto Ibero-Americano da Finlândia
Laura Pérez Gil, antropóloga e professora da UCM (Universidade Complutense de Madri)

Organizam:
Casa de América – Instituto Ibero-Americano da Finlândia